A pedidos de Felipe Gomes Lemos, fui a busca de trabalhos relacionados à Cardiologia, e aqui está. Aprecie-se.
O terapeuta ocupacional é de importância incalculável para o paciente com moléstia do coração. O terapeuta ocupacional avalia e analisa as atividades da vida diária do paciente. Poderá, a seguir, assistir o paciente na modificação dessas atividades, se preciso de forma que possa reassumir aquelas que previamente lhe satisfaziam. Aqueles que passaram por modificações do estilo de vida e moléstias que a ameaçaram, também se beneficiam com a intervenção para auxiliá-los na adaptação psicossocial de sua nova situação. (HUNTLEY, 2005).
É extremamente importante que o terapeuta ocupacional tenha compreensão da função normal do sistema cardiovascular, da patologia, dos fatores comuns de risco, das precauções e das técnicas padrão de tratamento para que possa oferecer um cuidado eficaz e promova a recuperação das funções em pessoas com o sistema cardiovascular comprometido.
A terapia ocupacional pode guiar as pessoas com ICC aguda na direção de um nível ótimo de função através de tarefas graduadas de cuidados pessoais. Alguns indivíduos acabam por eliminar totalmente sua tendência a desenvolver ICC, ao passo que outras desenvolvem grave insuficiência cardíaca. (EARLY; PEDRETTI, 2005, p.1020)
O terapeuta ocupacional poderá avaliar, analisar e assistir o pacientes nas modificações de suas atividades da vida diária, sempre dando suporte quando necessário, principalmente quando houver necessidade de adaptações em utensílios e/ou mobiliário do cotidiano.
O Terapeuta Ocupacional ao atuar na área cardiovascular, seja em ambiente hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou comunitário, independente do diagnostico, necessita levar em consideração os parâmetros clínicos que interferem na morbidade e na mortalidade para realizar sua intervenção. Dentro desses parâmetros destacam-se, as seqüelas já instaladas no sistema cardiovascular e seu impacto funcional, fatores de risco controláveis e não controláveis, o prognostico do paciente e que ações estão planejadas a curto, médio e longo prazo, a freqüência cardíaca máxima e pressão arterial mínima durante os esforços e a realização de atividades e a presença de depressão e ansiedade. O Terapeuta Ocupacional quando planeja tratar as disfunções ocupacionais relacionadas com as afecções cardiovascular que implicam na instalação de deficiência, incapacidade e desvantagem sociais, deve seguir o modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa estrutura e funções corporais, atividades e participação social. Para traçar seu plano de tratamento o terapeuta em conjunto com a equipe de saúde deve considerações os aspectos orgânicos, psicológicos e sócio familiares do paciente. (CORDEIRO, 2007)
A função do terapeuta ocupacional na reabilitação cardíaca é aconselhar e educar os pacientes na execução das atividades diária- auto-cuidado, produtivas e lazer. A atividade tem que ser dirigida de forma dinâmica visando o contexto geral e não somente uma técnica para tratar uma doença, mas sim um meio para abordar uma pessoa com dificuldade de funcionar no mundo das relações. E o tratamento inclui avaliar a capacidade do paciente em executar atividades normais, simplificar tarefas e guiar o paciente para retornar as atividades do cotidiano, prescrever equipamentos adaptados, educar o paciente quanto à tolerância a mudança de vida e ao retorno no trabalho, e administração do stress. (CORDEIRO, 1989)
Felipe, se você estiver interessado, recomendo este trabalho. Muito bom e com muitas informações!
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